quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Record irá à Justiça por direitos da Copa do Mundo de 2018 e 2022


A Rede Record divulgou um comunicado em que manifesta surpresa com o anúncio de que a Fifa negociou os direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2018 e 2022 com outra emissora sem promover qualquer tipo de concorrência.

De acordo com a Record, o diretor de TV da Fifa, Niclas Ericson, prometeu que licitação seria pública, transparente e aberta em regime semelhante ao que a Fifa realiza em países do mundo inteiro. A emissora, então, entregou ao dirigente um documento afirmando que concorda com todas as condições para a aquisição dos eventos.
Leia a íntegra do comunicado da Record:
"A Rede Record vem a público manifestar absoluta surpresa com a decisão da Fifa de prorrogar o acordo de direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2018 e 2022 para o Brasil com uma outra emissora sem qualquer licitação.
 A Record foi informada em 2010, logo após o término da Copa do Mundo, pelo diretor de TV da Fifa,  sr. Niclas Ericson, de que haveria uma concorrência pelos direitos de transmissão dos eventos promovidos pela Fifa em 2018 e 2022. No encontro realizado no Hotel Fasano, no Rio de Janeiro, a direção de nossa empresa ouviu garantias de que a licitação seria pública, transparente e aberta em regime semelhante ao que a Fifa realiza em países do mundo inteiro. Na oportunidade, a Record também entregou à Fifa um documento oficial afirmando que concorda com todas as condições para a aquisição dos eventos.
 O acordo com a concorrência foi anunciado sem que qualquer outra empresa de comunicação brasileira tenha sido consultada. A informação foi divulgada no mesmo espaço de notícias em que a Fifa anuncia a abertura de licitação dos direitos para centenas de países da Europa, como Alemanha, Itália e Portugal; da Ásia como China e Índia; da Oceania como Austrália, da África, além de Estados Unidos, Canadá, América Central e da própria América do Sul.
 É estranho verificar que para o Brasil o método seja outro. Um contrato sem concorrência decidido fora do horário comercial, sem ser à luz do dia e de forma transparente.
 Relevante, também, ressaltar que a empresa que teve seu acordo prorrogado com a Fifa gosta de se autointitular como um dos maiores grupos de comunicação do mundo. Em contrapartida, mostra em seus métodos que não aceita concorrência livre em que a melhor proposta seja a vencedora.
A Record informa que pretende estudar as melhores medidas judiciais cabíveis na Suíça e no Brasil que garantam os direitos internacionais de livre negociação.
 Acreditamos na justiça e nas entidades mundiais de defesa do livre comércio sediadas na Suíça. Organizações que, justamente, combatem práticas de monopólio, protecionismo e corrupção."    


Fonte: Portal R7

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